terça-feira, 27 de abril de 2010

Quando vivemos demasiado para os outros acabamos por nos esquecermos de nós próprios e quando paramos e olhamos para trás, temos consciência que deixamos de viver uma boa parte da nossa vida. Sentimos frustração, arrependimento, mas infelizmente não podemos voltar atrás, não podemos mudar o passado, podemos sempre é repensar o futuro. É o que sinto hoje, sinto que deixei de viver uma boa parte da minha vida para viver a o A. Desde a morte da mãe e como já vos tinha contado, ele nunca ficou bem, mas também nunca procurou ajuda, apesar da minha insistência, diz que está bem. O problema é que eu também não estou bem e já não tenho força nem paciência para o ajudar. Ele não tem culpa, mas eu tenho de pensar um pouco em mim, senão vou enlouquecer. Nos últimos dias tem andado pior e marquei-lhe uma consulta num psicólogo. Mas ele recusa-se a ir, ainda ficou chateado, disse que não tenho de decidir por ele, que não precisa de ajuda nenhuma. Que se não quiser estar com ele, para seguir a minha vida, etc. Eu tenho de o convencer a ir à consulta, mas não sei como. Eu já não sei o que sinto, já não sei o que fazer. Mas como disse uma grande amiga, eu não posso continuar assim, estou-me a esquecer de mim e assim não sou feliz, que não tarda muito para estar com ele por pena e isso não quero. Se alguém me puder ajudar, agradeço muito....

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