sábado, 22 de agosto de 2009

Realmente a vida não é mãe, é madrasta. Como vos tinha dito a mãe do meu namorado está internada, já vai quase em três semanas. Ontem soubemos o resultado dos exames, depois de tantos que havia feito. Tem cancro no pulmão, aquele maldita doença que nos ''come'' sem dó nem piedade. O meu namorado está de rastos como devem imaginar, sem força, sem vontade de viver... apenas chora e desabafa que pode perder a mãe. Ontem partiu-me o coração quando me diz lavado em lágrimas ''a minha mãe vai ficar carequinha''... Eu sinto-me inútil, sem saber o que fazer ou dizer. Limito-me apenas a estar ao lado dele, acho que é isso que ele precisa. Pergunta-me o que faria que estivesse na situação dele, mas eu não respondo porque não sei. Por mais que perceba que lhe dói lá dentro, não imagino a dimensão da dor. Nós não somos nada nesta vida. Tantas vezes penso, para quê tantas guerras, tanto trabalho, tanta luta, tanta inveja, para de repente aparecer um mal que nos atira para uma cama de hospital onde passamos a ser dependentes das outras pessoas?! Deitados na cama com oxogénio, com soro, que deixa o corpo todo negro de mudar de lado pra lado. Eu acho que estar ''fechada'' num hospital ainda põe as pessoas mais doentes, aquele cheiro, pessoas a berrarem, não me imagino lá dentro. Hoje lá vou eu mais uma vez para o hospital visitá-la, não posso deixá-lo sozinho, ele precisa de mim mais do que nunca, não tem mais ninguém. Tenho também de arranjar força para poder apoia-lo.. É a vida....

Um comentário:

  1. Ho Meu Anjo, a força que voces precisarem eu tou aqui, para vos dar... Não ha muito mais a dizer!!
    Bjinho*

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Palavras de outros anjos...